"O barulho é a tortura do homem de pensamento" (Schopenhauer)

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

Seis em cada dez portugueses vivem com níveis de ruído acima do recomendado

Segundo a Direcção Geral do Ambiente, mais de 60 por cento da população portuguesa vive com níveis de ruído acima do recomendado pela Organização Mundial de Saúde (mais de 55 decibéis), sendo que 19 por cento está mesmo exposta a barulho incomodativo (mais de 65 decides). A situação é mais crítica é nos grandes pólos urbanos, já que o tráfego rodoviário expõe diariamente cinco milhões de portugueses a tons excessivos e nocivos para a saúde.

A principal causa de perda auditiva nos jovens e adultos é o ruído. Esta situação é definitiva e, como tal, irreversível. O cenário não é animador, uma vez que, contrariamente a outros países da União Europeia, Portugal tem registado, nos últimos anos, um aumento dos níveis de ruído, especialmente nas grandes cidades, fazendo com que, no seu dia-a-dia, cinco milhões de portugueses se encontrem expostos a elevados níveis de ruído, quer devido à sua profissão, quer devido ao tráfego rodoviário. Para além de perda auditiva irreversível, a exposição prolongada ao ruído pode originar outros problemas de saúde, como psicológicos ou doenças cardiovasculares.

“A perda auditiva induzida por um trauma acústico é uma realidade que não deve ser ignorada. É a principal causa de perda auditiva irreversível. Todos nós estamos expostos diariamente a ruído excessivo, com consequências directas”, segundo refere em comunicado Pedro Paiva, audiologista.

A perda da audição pode ser causada por um problema mecânico no canal auditivo ou no ouvido médio que obstrói a condução do som (perda condutiva de audição) ou por uma lesão no ouvido interno, no nervo auditivo ou nas vias do nervo auditivo no cérebro (perda neuro-sensorial da audição). Os dois tipos de perda da audição podem ser diferenciados comparando como uma pessoa ouve os sons conduzidos pelo ar e como os ouve conduzidos pelo ossos.

A perda neuro-sensorial denomina-se sensorial quando afecta o ouvido interno, e neural quando afecta o nervo auditivo ou as vias do nervo auditivo localizadas no cérebro. A perda auditiva sensorial pode ser hereditária, ser provocada por ruídos muito intensos (trauma acústico), por uma infecção viral do ouvido interno, por certos fármacos ou pela doença de Ménière.

Evitar exposição a ruído intenso, não se automedicar, não introduzir objectos no ouvido, evitando também a tentativa de limpar o conduto auditivo são atitudes que podem evitar uma deficiência auditiva, tanto na infância e adolescência como na fase adulta.

Notícia acedida em Ciência Hoje

domingo, 5 de fevereiro de 2012

Persistent Workplace Noise More Than Doubles Risk of Heart Disease

A persistently noisy workplace more than doubles an employee's risk of serious heart disease, suggests research published online in Occupational and Environmental Medicine. Young male smokers seem to be particularly at risk,according to the study's findings.
The researchers base their findings on a nationally representative sample of more than 6,000 U.S. employees, aged 20 and up, who had been part of the US National Health and Nutrition Examination Survey (NHANES) between 1999 and 2004.

This study included detailed household interviews, addressing lifestyle and occupational health, medical examinations, and blood tests.
Participants were grouped into those who endured persistent loud noise at work, to the extent that it was difficult to talk at normal volume for at least three months, and those working in more comfortable surroundings.
One in five (21-percent) workers said they put up with a noisy workplace for an average of almost nine consecutive months. This group, whose average age is 40, also tended to smoke and weigh more than their peers working in quieter work environments, adding to the group's risk factors for heart disease.
Workers in persistently noisy workplaces were between two to three times as likely to have serious heart problems as their peers in quiet workplaces.

The association to heart disease was particularly strong among workers under 50, who made up more than 4,500 of the total sample. They were between three and four times as likely to have angina or coronary artery disease or to have had a heart attack.Blood tests of these workers did not indicate particularly high levels of cholesterol or inflammatory proteins, both of which are associated with heart disease. But diastolic blood pressure, which measures the pressure of the artery walls when the heart relaxes between heartbeats, was higher than normal, a condition known as isolated diastolic hypertension, or IDH. This is an independent predictor of serious heart problems.

The findings suggest that those employees regularly exposed to loud noise at work were twice as likely to have IDH.The authors speculate that loud noise day after day may be as strong an external stressor as sudden strong emotion or physical exertion, the effect of which is to prompt various chemical messengers to constrict blood flow through the coronary arteries.
Researchers conclude: "This study suggests that excess noise exposure in the workplace is an important occupational health issue and deserves special attention."

Info at AcoustiBlok
Image at http://t2.gstatic.com/images?q=tbn:ANd9GcSCFxZvJ4F-5ROkmwSPz1jRTU9YcFJhS7St3m4f9B7BfV0yBRwNfA