segunda-feira, 26 de março de 2012
Noise is one of the great underappreciated health hazards of our time
sexta-feira, 23 de março de 2012
Ruído dos navios causa “stress crónico” nas baleias
“Mostrámos que as baleias que vivem em oceanos com elevados níveis de ruído causado por navios têm stress crónico, como resposta”, disse Rosalind Rolland, principal autora do estudo e investigadora do Aquário de Nova Inglaterra, em Boston, citada pelo jornal The Guardian.
Os especialistas já tinham demonstrado que o ruído obrigava as baleias-francas a aumentarem a amplitude e frequência dos seus sinais de comunicação, a modificarem o seu comportamento e, por vezes, a mudar de habitat. No entanto, ainda não se sabia se o ruído tinha, ou não, um impacto biológico significativo e duradouro junto destes cetáceos.
Redução significativa do ruído
Algumas semanas antes dos atentados do 11 de Setembro, os cientistas realizaram uma campanha de estudo das baleias-francas do Atlântico Norte (Eubalaena glacialis) que, todos os anos, se juntam na Baía de Fundy, no Canadá, para alimentar as suas crias.
Nos dias seguintes aos atentados, as autoridades marítimas locais confirmaram uma queda acentuada do tráfego de navios comerciais. Segundo os investigadores, a intensidade do ruído de fundo nas águas da baía de Fundy baixou 6 decibéis, com uma redução significativa do ruído abaixo dos 150 Hertz. Ao mesmo tempo, análises aos excrementos das baleias revelaram uma queda forte de glucocorticóides, hormonas segregadas pelos vertebrados em resposta a situações de stress. Análises semelhantes foram realizadas até 2005, sem que se tivesse voltado a registar uma tal diminuição de glucocorticóides.
“Na nossa opinião, não existe nenhum outro fator que afeta a população [de baleias] que possa explicar esta diferença entre a redução do tráfego marítimo e a poluição sonora submarina depois do 11 de Setembro”, concluem os autores da investigação.
Os efeitos biológicos do stress crónico nas baleias estão ainda pouco estudados mas sabe-se que a produção continuada de glucocorticóides nos vertebrados tem efeitos negativos na saúde (problemas de crescimento, no sistema imunitário e no sistema reprodutivo).
Nos últimos 50 anos, a prospecção petrolífera, os sonares militares e o aumento do tráfego marítimo têm feito aumentar a poluição sonora submarina. “A boa notícia nisto tudo é que este é um problema com solução”, disse Rolland, lembrando que o ruído dos navios se deve, muitas vezes, a defeitos nos motores das embarcações. Actualmente, a União Europeia e a Organização Marítima Internacional estão a estudar formas de reduzir o ruído nos oceanos.
Informação acedida em: Público
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quinta-feira, 15 de março de 2012
Descoberta de um bioquímico português na Universidade de Yale abre caminho para travar surdez
Notícia acedida em RTP
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sábado, 10 de março de 2012
Ruído provocado pelo homem fragmenta populações de aves
“A nossa premissa é de que, se existe um grande ruído ambiental, as aves modificam o seu canto com uma amplitude de frequências distinta, tons mais altos ou mais baixos, para que outros congéneres as possam escutar”, explica Salvador Peris, professor catedrático de Biologia Animal da Universidade de Salamanca.
Os trabalhos focaram-se em espécies de melro (Turdus) e corruíra (Troglodytes) no estado brasileiro do Pará, região do Amazonas, bem como na província de Salamanca. “Existem populações dentro de uma mesma espécie tão separadas pelo canto que podem chegar a nunca se encontrar.” Afirma que estamos diante de uma fragmentação das populações devido ao ruído produzido pela mão humana. Neste sentido, é possível que um melro de uma cidade da Espanha possa ser incapaz de comunicar-se com um do campo. “A isto chamamos mutação cultural, que é mais rápida que a mutação genética”, indica Peris, “e resulta na fragmentação das populações”.
A equipa da Universidade de Salamanca analisou questões concretas como a flutuação de populações de aves na província de Salamanca em estradas com distintos níveis de tráfego, comprovando que os lugares ruidosos afetam a presença destes animais. Dentre as espécies cuja população descendeu estão as aves migrantes transaarianas, que “têm repertórios de canto mais complexos e, portanto, o ruído ambiental afeta-as mais”, indica o especialista. Outras espécies, como pardais, tentilhões e serines “suportam melhor o ruído ambiental”, especialmente as denominadas aves urbanas, como os estorninhos, que são capazes de “modificar rapidamente seu canto, de um ano para outro”.
Adaptado de DiCyT
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