“Muitas das espécies marinhas dependem maioritariamente do som como fonte de informação ambiental, da mesma forma que os humanos dependem da sua visão”, disse nesta quarta-feira a UNESCO, que anunciou que a reunião está agendada de 30 de Agosto a 1 de Setembro, em Paris.
“Apesar de haver pouca investigação que prove esta ligação, há uma suspeita crescente que o aumento dos níveis de ruído, e de alguns sons em particular, estão a alterar o comportamento de animais marinhos e talvez até estejam a reduzir a capacidade de estas realizarem as funções normais da vida como encontrar comida, procurar parceiros ou evitar os predadores”, defendeu a UNESCO.Um dos exemplos que a organização apresenta refere-se às baleias.
Há pesquisas que sugerem que várias espécies de baleias aumentaram o volume dos gemidos, cliques e guinchos que fazem para comunicar entre si.
Na reunião vão estar cientistas marinhos de topo, representantes do sector privado e das organizações militares que irão planear como é que vai ser realizada a experiência. O projecto terá o nome de Experiência do Oceano Tranquilo. Espera-se que estes dez anos de pesquisa preencham as lacunas de conhecimento que existem hoje, e que permitam uma melhor e mais informada gestão do ruído feito nos oceanos.
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